O Ministério das Comunicações formou um comitê de emergência para apoiar a restauração dos serviços de telecomunicações e das operações humanitárias no Rio Grande do Sul após o impacto de um ciclone extratropical que afetou grande parte do país no início do mês.
O despacho, publicado no jornal oficial do sindicato nesta quarta-feira (13), estipula que o colégio funcionará por tempo indeterminado até que a situação esteja totalmente normalizada na região. “Não descansaremos até que seja garantida a volta à normalidade na região Sul”, confirmou o ministro da comunicação Juscelino Filho, enfatizando a importância da comunicação na atuação dos grupos de ajuda humanitária. “A comunicação, especialmente através da internet, também é um direito que devemos garantir a todos”.
Desde de setembro, fortes chuvas e enchentes atingiram 98 municípios do estado e causaram 7 mortes até a Defesa Civil divulgar relatório esta manhã. Nove pessoas estão desaparecidas e 342.605 precisam de ajuda. Nos dias que se seguiram à catástrofe natural, havia 79 pessoas sem-abrigo, mas esse número caiu para 2.318 quando a ajuda chegou. O Ministério das Comunicações disse que os sinais de telefonia celular foram interrompidos em 39 cidades, que foram restaurados nos dias seguintes. Além disso, também foram instaladas 13 antenas de banda larga via satélite nos municípios de Encantado, Roca Sales, Muçumi, Santa Tereza, Lajeado e Arroio do Meio com o objetivo de melhorar as conexões durante o processo de reconstrução da região.
O comitê de emergência é coordenado pelo Ministro das Comunicações e inclui outros seis membros do departamento, dois representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e dois da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O objetivo das atividades do grupo é coletar informações e priorizar danos causados aos sistemas de telecomunicações, bem como coordenar doações e prestar apoio logístico às necessidades da população afetada pela tempestade. Segundo o ministério, a primeira reunião urgente já mobilizou o sector das telecomunicações e as empresas participaram.
Segundo o ministério, além das medidas emergenciais, como a liberação do roaming (hotspot) e a restauração dos serviços, as operadoras também participam de atividades humanitárias através do seu braço social, como doação de água, alimentos e roupas.
