O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mensura a variação dos preços da cesta de compras de famílias com renda de até cinco salários mínimos, apresentou uma inflação de 0,2% em agosto deste ano. Essa taxa representa um aumento em relação aos meses anteriores, quando o índice registrou deflações (queda nos preços) de 0,09% e 0,31% em julho deste ano e agosto do ano passado, respectivamente.
No acumulado do ano, o INPC acumula uma inflação de 2,8%, enquanto nos últimos 12 meses, a taxa atingiu 4,06%. É importante destacar que essas taxas são inferiores às registradas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação, e que apresentou um aumento de 0,23% em agosto deste ano, 3,23% no acumulado do ano e 4,61% nos últimos 12 meses.
A inflação registrada em agosto pelo INPC foi impulsionada principalmente pelos produtos não alimentícios, que tiveram um aumento de 0,56% no mês, após terem apresentado uma inflação de apenas 0,07% em julho. Por outro lado, os produtos alimentícios tiveram uma deflação mais significativa em agosto, com uma queda de preços de 0,91%, em comparação com a deflação de 0,59% registrada no mês anterior.
Esses números indicam um cenário econômico em que os preços dos produtos não alimentícios estão exercendo uma pressão inflacionária, enquanto os produtos alimentícios continuam apresentando quedas de preço. A inflação em um contexto de recuperação econômica é um tema importante a ser monitorado, uma vez que afeta diretamente o poder de compra da população e pode influenciar as decisões de política monetária do Banco Central.
