Pia Sundhage deixa o comando da seleção brasileira feminina de futebol

© Thais Magalhães/CBF/Direitos Reservados

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a saída da treinadora sueca Pia Sundhage, que estava no comando da seleção brasileira feminina de futebol, quase um mês após a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo de Austrália e Nova Zelândia. A demissão foi confirmada por meio de comunicado, e a nova comissão técnica será apresentada nos próximos dias.

O favorito ao cargo de treinador da seleção feminina é Arthur Elias, atual técnico do Corinthians. Enquanto especulações sobre uma possível mudança de Arthur para a seleção surgiram, o Corinthians declarou que o treinador permanecerá para os próximos compromissos do clube. O Corinthians está atualmente nas semifinais da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino e na reta final do Campeonato Paulista Feminino. Além disso, em outubro, a equipe buscará o tetra na Libertadores Feminina, na Colômbia.

O trabalho de Pia Sundhage à frente da seleção brasileira feminina contou com altos e baixos. Ela assumiu o cargo em julho de 2019 e dirigiu a equipe em 57 partidas, com 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas. O Brasil conquistou o título da Copa América sob o comando de Sundhage em 2021. No entanto, nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas de final pelo Canadá.

Na Copa do Mundo, o Brasil teve uma atuação decepcionante, sendo eliminado na fase de grupos. A goleada por 4 a 0 sobre o Panamá na estreia foi o destaque positivo, mas derrotas para a França e um empate sem gols com a Jamaica levaram à eliminação. Essa performance aquém do esperado foi um dos fatores determinantes para o término da passagem de Pia Sundhage como treinadora da seleção, apesar de ter um ano de contrato restante.

Durante seu tempo no cargo, Pia Sundhage também promoveu a renovação da seleção, dando oportunidades a jogadoras mais jovens e integrando-as ao time principal. A busca por novos talentos e a proximidade com as comissões técnicas da base foram marcas de seu trabalho.

A mudança no comando da seleção brasileira feminina não foi a única alteração no departamento feminino da CBF, pois outros profissionais também deixaram seus cargos. Essas mudanças fazem parte dos esforços da CBF para reformular as seleções femininas, visando a futuros desafios, como os Jogos Olímpicos de Paris em 2024 e a próxima Copa do Mundo em 2027.