Em uma reunião com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o governo dinamarquês expressou na terça-feira (30) sua intenção de doar R$ 110 milhões para o Fundo Amazônia no período de 2024 a 2026. Se aprovadas pelo parlamento dinamarquês, essas verbas consolidariam a Dinamarca como o quarto doador do fundo, ao lado da Noruega, Alemanha e da Petrobras.
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou uma declaração conjunta com o governo dinamarquês, na qual anunciou que esses recursos visam a financiar “projetos e iniciativas que contribuam para a redução do desmatamento, a proteção da biodiversidade, a melhoria das condições de vida das comunidades locais e a promoção do desenvolvimento sustentável no Brasil.”
Dan Jørgensen, ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática Global da Dinamarca, elogiou os esforços recentes do Brasil na restauração e manejo sustentável das florestas e no combate ao desmatamento.
Dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) mostram uma queda de 41% no desmatamento na região da Amazônia Legal entre janeiro e abril deste ano em comparação com o ano anterior, embora o desmatamento no cerrado tenha aumentado 14% no mesmo período.
Os representantes dinamarqueses e Marina Silva também se comprometeram a intensificar os esforços para combater o desmatamento, a desertificação, a degradação dos solos e a seca, além de trabalhar na restauração de terras degradadas. Eles concordaram que “políticas destinadas à redução do desmatamento devem considerar os desafios sociais e econômicos.”
O Fundo Amazônia, criado em 2008, já recebeu doações no valor de R$ 3,396 bilhões desde o início de suas operações. Desse montante, 93% foram doados pelo governo da Noruega (R$ 3,189 bilhões), 5,7% pelo governo da Alemanha (R$ 192 milhões) e 0,5% pela Petrobrás (R$ 17 milhões).
Até o momento, o fundo financiou 102 projetos, dos quais 60 já foram concluídos, totalizando R$ 1,51 bilhão desembolsado. Essa doação proposta pela Dinamarca representa um passo significativo em direção à preservação da Amazônia e à promoção da sustentabilidade ambiental na região.
