Prévia da inflação (IPCA-15) de agosto registra alta de 0,28% no Brasil

 

A prévia da inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), apresentou um aumento de 0,28% em agosto deste ano. Esse índice, que reflete os preços dos produtos e serviços mais consumidos pelos brasileiros, mostra uma reversão em relação ao mês anterior, quando registrou deflação (queda de preços) de 0,07%. Em comparação com agosto do ano passado, quando a prévia da inflação havia atingido uma deflação de 0,73%, o atual aumento demonstra uma recuperação significativa.

Com o resultado de agosto de 2023, o IPCA-15 acumulou uma variação de 3,38% no ano. No período de 12 meses, o acumulado é de 4,24%, um aumento em relação aos 3,19% registrados na prévia de julho.

O grupo de habitação foi responsável pelo maior impacto na prévia da inflação de agosto, apresentando um aumento de preços de 1,08%. Esse aumento foi impulsionado pelo aumento das tarifas de energia elétrica residencial, notadamente em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, o que resultou em uma inflação média nacional de 4,59% para esse item.

Os grupos de saúde e cuidados pessoais (0,81%) e educação (0,71%) também apresentaram taxas de inflação significativas. O aumento de 1,59% nos itens de higiene pessoal contribuiu para a inflação no grupo de saúde e cuidados pessoais, enquanto o aumento de 0,74% nos cursos regulares impulsionou o grupo de educação.

O grupo de transportes também registrou inflação, com um aumento de 0,23%, sendo influenciado pelos aumentos nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%).

Por outro lado, os alimentos e bebidas continuaram contribuindo para conter a inflação, com uma queda média de preços de 0,65% em agosto. Itens como batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%) registraram deflações notáveis.

O grupo de vestuário também apresentou deflação (-0,03%), enquanto os demais grupos de despesas registraram as seguintes altas de preços: despesas pessoais (0,60%), comunicação (0,04%) e artigos de residência (0,01%).

Esses números refletem a dinâmica dos preços no Brasil e têm impacto direto na vida dos consumidores, afetando o poder de compra e a economia como um todo. A inflação é um indicador monitorado de perto pelos economistas e pelo Banco Central para tomar decisões sobre a política monetária do país.