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Ana Marcela Cunha muda-se para a Itália para treinar visando as Olimpíadas de Paris

(crédito: Reprodução/Instagram/@anamarcela92)

 

A nadadora Ana Marcela Cunha, campeã olímpica de águas abertas nos Jogos de Tóquio em 2021, está prestes a iniciar um novo capítulo em sua carreira. Aos 34 anos, ela se mudará para a Itália no próximo dia 1º de setembro, onde passará a residir e treinar visando as Olimpíadas de Paris em 2024.

A decisão de mudar de ares foi tomada por Ana Marcela pouco antes do Campeonato Mundial de Fukuoka em julho, quando ela encerrou sua parceria de dez anos com o técnico Fernando Possenti. Agora, ela treinará com o italiano Fabrizio Antonelli. A nadadora continuará seu treinamento na praia de Óstia, próxima à capital italiana, Roma.

Durante sua longa parceria com Possenti, Ana Marcela conquistou seis dos sete ouros em Mundiais e a medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio. O novo técnico, Antonelli, treina alguns dos principais nomes das águas abertas atualmente, incluindo o italiano Gregorio Paltrinieri, seis vezes campeão mundial, e a alemã Leonie Beck, vencedora da prova dos 10 quilômetros em Fukuoka.

Ana Marcela considera essa mudança uma oportunidade para sair de sua zona de conforto e enfrentar novos desafios. Ela vê a mudança como um passo importante em sua preparação para as Olimpíadas de Paris e acredita que o idioma italiano, semelhante ao português, facilitará a adaptação.

Além de mudar de técnico e de país, 2023 também foi um ano especial para a nadadora devido a uma cirurgia no ombro esquerdo que a afastou dos treinamentos e competições por quatro e oito meses, respectivamente. Durante esse período, ela aproveitou para focar na vida pessoal e se casou com a preparadora física Juliana Melhem.

Ana Marcela retomou as competições em maio, conquistando um bronze na prova de 10 km da Copa do Mundo de águas abertas no Egito. Em julho, no Mundial de Fukuoka, ela garantiu mais um bronze, dessa vez nos 5 km, elevando seu total de medalhas na competição para 16. Nos 10 km, distância olímpica, ficou em quinto lugar, adiando sua classificação antecipada para Paris.

Sua última chance de garantir vaga nas Olimpíadas de Paris será no Mundial de Doha, no Catar, em fevereiro de 2024, onde precisa terminar a prova dos 10 km entre as 13 melhores nadadoras. Caso as atletas já classificadas ocupem todas as vagas disponíveis, outras atletas poderão se qualificar. A disputa feminina de águas abertas em Paris oferece 22 vagas, com um máximo de duas atletas por país.

“Nosso maior objetivo é a classificação olímpica pelo Mundial. Sabemos que será difícil, mas é possível. Três atletas fortes já se classificaram”, afirmou Ana Marcela, que mesmo com a vaga antecipada em Paris escapando por pouco, considera sua performance no Mundial como positiva e surpreendente após sua cirurgia.

A mudança para a Itália e a parceria com Antonelli são consideradas passos importantes em sua busca por mais conquistas olímpicas em Paris no próximo ano.

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