O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a Joanesburgo, África do Sul, na manhã desta segunda-feira (21) para participar da 15ª Cúpula do Brics, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A reunião marca o primeiro encontro presencial do bloco desde o início da pandemia de COVID-19.
O evento contará com a presença confirmada de 40 chefes de Estado ou de Governo dos continentes africano e asiático, além de representantes da América Latina e do Oriente Médio. Entre os líderes do Brics, estarão o presidente Lula (Brasil), Cyril Ramaphosa (África do Sul), Xi Jinping (China) e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participará de forma remota.
O Ministério das Relações Exteriores informou que 22 países já expressaram formalmente interesse em se juntar ao Brics. Durante a cúpula, será discutida a definição de critérios e princípios para a entrada de novos integrantes no bloco.
Além disso, os líderes do Brics abordarão planos relacionados ao Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como o Banco do Brics, incluindo a possibilidade de uso de moedas locais ou de uma unidade de referência do Brics para transações comerciais. Essa questão é considerada de grande importância para o grupo.
O conflito entre Rússia e Ucrânia também estará em pauta, mas as discussões detalhadas ocorrerão internamente durante reuniões privadas dos líderes do Brics.
Após a cúpula, o presidente Lula seguirá para Luanda, capital de Angola, onde se encontrará com o presidente João Lourenço. Durante a visita, serão discutidos temas relacionados à cooperação bilateral e ao fortalecimento das relações históricas entre os dois países. O presidente brasileiro também participará de eventos empresariais e assinará acordos nas áreas de agricultura, processamento de dados, saúde e educação.
No domingo (27), Lula irá a São Tomé, capital de São Tomé e Príncipe, para participar da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que reúne membros como Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.