Copa do Mundo Feminina: Espanha e Inglaterra duelam por título inédito em solo australiano e neozelandês

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Neste domingo, 20 de agosto, os amantes do futebol feminino estarão de olhos fixos no Estádio Austrália, em Sidney, onde Espanha e Inglaterra se enfrentarão em uma emocionante final da Copa do Mundo. O confronto marca um momento histórico, já que ambas as nações buscam seu primeiro título mundial no esporte mais popular do planeta.

As inglesas, conhecidas carinhosamente como “Leoas”, entraram no torneio como favoritas, após conquistarem, pela primeira vez, a Eurocopa no ano passado, sendo também as anfitriãs do evento. Em uma campanha que mostrou sua força, enfrentaram as espanholas nas quartas de final e superaram-nas por 2 a 1 na prorrogação.

Por outro lado, a Espanha trouxe consigo grandes expectativas para a Copa. Sua equipe é fortemente baseada no Barcelona, o atual campeão europeu de clubes, com nove das 23 jogadoras convocadas ligadas ao clube catalão. Além disso, o país ostenta a geração mais promissora da modalidade, sendo o atual campeão mundial sub-20 e bicampeão sub-17.

As Leoas inglesas chegam à final com um desempenho impecável, mantendo uma invencibilidade ao longo do torneio, com cinco vitórias no tempo regulamentar e uma nos pênaltis, após um empate sem gols contra a Nigéria nas oitavas de final. Nas semifinais, derrotaram a anfitriã Austrália por 3 a 1. Com 13 gols marcados e apenas três sofridos, as atacantes Lauren Hemp e Alessia Russo, juntamente com a meia Lauren James, são as artilheiras da equipe, cada uma com três gols.

A presença de Lauren James na equipe titular ainda é uma incógnita, após ser suspensa por dois jogos devido a uma expulsão no jogo contra a Nigéria. James vinha sendo o destaque da seleção inglesa na Copa, com seis participações diretas em gols, marcando três vezes e contribuindo com três assistências.

A Espanha, por sua vez, possui o melhor ataque do torneio, com impressionantes 17 gols marcados. Três jogadoras compartilham o posto de artilheiras da equipe: Jennifer Hermoso, Alba Redondo e Aitana Bonmatí, cada uma com três gols. Aitana Bonmatí chegou à Copa como a grande protagonista da seleção, uma vez que a meia Alexia Putellas, eleita duas vezes a melhor do mundo, se juntou à equipe pouco tempo após se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho.

No entanto, a trajetória da equipe espanhola não foi isenta de controvérsias, com relatos de desentendimentos entre jogadoras e o técnico Jorge Vilda. A estrela Alexia Putellas e Aitana Bonmatí foram algumas das jogadoras envolvidas em um movimento que pressionou a federação pela saída do treinador, embora três tenham posteriormente voltado à seleção. O clima de tensão entre o treinador e o elenco ainda é visível.

Uma das maiores revelações do torneio é Salma Paralluelo, que também joga no Barcelona. A atacante de 19 anos, que foi campeã mundial sub-17 e sub-20, tem sido decisiva, marcando gols importantes nas vitórias sobre Holanda nas quartas de final e Suécia na semifinal, muitas vezes saindo do banco de reservas.

A seleção vencedora deste domingo não apenas conquistará o título mundial, mas também entrará para o seleto grupo de campeãs mundiais no futebol feminino, ao lado dos Estados Unidos, Alemanha, Japão e Noruega. Além disso, igualará os alemães como os únicos a levantarem a taça da Copa do Mundo em ambas as categorias, masculina e feminina. O mundo do futebol aguarda ansiosamente para ver qual nação escreverá seu nome na história neste emocionante duelo em solo australiano e neozelandês.