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A Eletrobras divulgou, na noite da quarta-feira (16), que o desligamento da linha de transmissão 500kV Quixadá-Fortaleza, ocorrido segundos antes do apagão que afetou o país na manhã de terça-feira (15), foi causado por uma atuação indevida do sistema de proteção. O incidente resultou em uma queda de energia que atingiu todas as regiões do Brasil, com os estados do Norte e Nordeste sendo os mais afetados. A normalização do sistema elétrico nessas regiões levou mais tempo do que nas demais partes do país.
A empresa explicou que a análise apontou que o desligamento isolado da linha de transmissão não teria sido suficiente para gerar a ampla repercussão e abrangência sistêmica que ocorreu. O planejamento das redes de transmissão do Sistema Interligado Nacional (SIN) segue o critério de confiabilidade “n-1”, o que significa que, mesmo em situações de desligamento de algum componente, o sistema deve ser capaz de manter a operação sem interrupções no fornecimento de energia.
Em comunicado oficial, a Eletrobras enfatizou que a manutenção da linha de transmissão estava em conformidade com as normas técnicas estabelecidas. A empresa reiterou seu compromisso em colaborar ativamente na identificação das causas do apagão, bem como nos esforços para compreender os motivos que levaram aos desligamentos no Sistema Interligado Nacional (SIN). Essas ações estão sendo conduzidas em coordenação com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
O incidente trouxe à tona a importância da robustez e segurança das infraestruturas energéticas do país, levando autoridades e especialistas a debaterem sobre medidas preventivas e sistemas de proteção mais eficientes para evitar a ocorrência de eventos similares no futuro. A sociedade aguarda ansiosamente por mais detalhes das investigações em curso, visando não apenas entender as causas do apagão, mas também garantir a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica em todo o território nacional.
