Papa Francisco Condena Assassinato de Candidato à Presidência no Equador e Pede União Pela Paz

© Agência Lusa/EPA/Pool/Alessandro Di Meo/Direitos Reservados
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Nesta data (12), o papa Francisco manifestou sua condenação ao assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio. Em um telegrama enviado ao arcebispo de Quito, Alfredo José Espinoza Mateus, o líder da Igreja Católica descreveu o atentado político como uma “violência injustificável”. O papa também fez um apelo aos cidadãos e líderes políticos do Equador para se unirem em prol da paz.

No telegrama, assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, é mencionado o “profundo pesar” de Francisco pelo assassinato de Fernando Villavicencio e a mensagem enfatiza a condenação da violência injustificável. O papa fez um apelo para que todos os cidadãos e forças políticas do país se unam em esforços conjuntos pela paz.

Além disso, o texto lembra da padroeira do Equador, Nossa Senhora de El Quinche, e sua mensagem de solidariedade e esperança em tempos difíceis.

Fernando Villavicencio, ex-dirigente sindical e jornalista, estava concorrendo à presidência pelo Movimento Construye. Ele foi assassinado a tiros no dia 9 de julho, a apenas 12 dias do primeiro turno das eleições equatorianas. O ataque ocorreu quando Villavicencio se despedia de seus apoiadores após um evento de campanha em Quito. Homens armados se aproximaram e abriram fogo, resultando na morte de Villavicencio e ferindo outras nove pessoas, incluindo um candidato a deputado e seguranças.

As autoridades equatorianas já detiveram seis suspeitos de envolvimento no crime. Todos são cidadãos colombianos. O Ministério Público do país alega ter coletado provas substanciais, incluindo imagens de câmeras de segurança e uma impressão digital encontrada em uma motocicleta abandonada por um dos suspeitos.

A comoção causada pelo assassinato levou o governo equatoriano a declarar estado de exceção em todo o país por 60 dias, suspendendo temporariamente direitos como a inviolabilidade dos lares e de correspondências para permitir inspeções das forças de segurança. No entanto, a data do primeiro turno das eleições, agendada para o próximo dia 20, permanece inalterada.