Nesta segunda-feira (6), o líder indígena Kâhu Pataxó, do Movimento Unido dos Povos Indígenas da Bahia, enfatizou a relevância das informações do Censo Indígena 2022. Ele ressaltou que os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são fundamentais para a formulação de políticas públicas voltadas às comunidades indígenas.
Kâhu Pataxó destacou a importância dessas informações para o estado da Bahia, afirmando que há muito tempo as lideranças indígenas vinham cobrando do próprio governo estadual um levantamento como esse, independentemente dos dados do IBGE. Ele lembrou que em 2012 um levantamento feito por uma secretaria estadual já trouxe alguns dados importantes sobre as comunidades indígenas no território baiano.
Segundo o Censo do IBGE, a Bahia e o Amazonas concentram 42,51% da população indígena do país. No Amazonas, residem 490.854 pessoas, o que representa 28,98% da população indígena total, enquanto na Bahia, esse número é de 229.103 pessoas, correspondendo a 13,53%.
O líder pataxó ressaltou que esses novos dados dão às comunidades indígenas locais condições para reivindicar políticas públicas direcionadas a essa parcela da população do estado, destacando que a Bahia abriga a segunda maior população indígena do país.
Com a divulgação das informações do Censo Indígena pelo IBGE, Kâhu Pataxó acredita que as comunidades indígenas da Bahia poderão contar com maiores avanços e melhor qualificação das políticas públicas destinadas a elas. A disponibilidade desses dados demográficos possibilitará uma discussão mais embasada com o governo estadual, buscando a implementação de medidas que atendam às necessidades e realidades das comunidades indígenas na Bahia.