Brasil avança na produção de urânio e tecnologia nuclear: Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio amplia capacidade

© Divulgação/ Angra 1 da Eletronuclea

 

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB) projeta um importante avanço na produção de urânio e na tecnologia nuclear do país, com a expansão da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio da Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), localizada em Resende, sul fluminense. O

A tecnologia de enriquecimento isotópico de urânio, 100% nacional, foi desenvolvida em parceria pela Marinha do Brasil e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen). A segunda fase de implantação da Usina de Enriquecimento, com 30 cascatas de ultracentrífugas, deve iniciar sua operação em 2028. O Brasil, com essa expansão, caminha para alcançar a autossuficiência no enriquecimento de urânio até 2035.

A primeira fase da Usina de Enriquecimento Isotópico de Urânio, concluída em 2022, já opera com 10 cascatas de ultracentrífugas, responsáveis ​​pelo enriquecimento do urânio utilizado no combustível nuclear para a Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis. A previsão é que a operação das 30 novas cascatas permita atender às demandas das usinas nucleares Angra 1, 2 e 3, e até mesmo possibilitar a exportação de urânio para outros mercados consumidores.

A produção de urânio também será impulsionada pela mina de Caetité, na Bahia. A INB planeja duplicar sua produção de urânio, alcançando cerca de 700 toneladas. Em parceria com a Galvani, a empresa integra o Consórcio Santa Quitéria, voltada para a exploração de urânio e fosfato associados na jazida de Itataia, no Ceará. Com um investimento privado de R$ 2,3 bilhões, o projeto tem o

Freire Moreira destacou a importância desse avanço para o Brasil, considerando que poucos países dominam a tecnologia de enriquecimento de urânio e também possuem reservas desse elemento radioativo. Com a expansão da capacidade de enriquecimento de urânio, o país fortalece sua posição no panorama internacional, tanto no aspecto tecnológico quanto na segurança energética, além de potencializar a geração de empregos e a capacidade de exportação de recursos naturais.

O presidente da INB finaliza destacando a confiança na viabilidade do projeto e na capacidade do Brasil de contribuir para a produção de energia nuclear de maneira responsável e sustentável, portas abrindo para um futuro mais autônomo e próspero no setor nuclear.