A charmosa cidade de Paraty, localizada na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro, é o cenário do 10º Encontro Brasileiro de Cidades Históricas, Turísticas e Patrimônio Mundial da Unesco, que acontece até o próximo sábado (5). O evento, promovido pela Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM), em parceria com a prefeitura de Paraty, busca articular pessoas, autoridades e representantes das gestões municipais para potencializar os ativos relacionados ao patrimônio mundial.
Com um total de 23 sítios reconhecidos na lista de patrimônios mundiais da Unesco, o Brasil se destaca na preservação e valorização de seu patrimônio material. O encontro proporciona discussões sobre o fortalecimento da gestão, instrumentos de políticas urbanas e programas de fomento ao turismo nos sítios históricos. Entre os temas abordados, destaca-se a Convenção de 2003, que trata da salvaguarda do patrimônio imaterial, englobando expressões culturais e saberes tradicionais de caiçaras, quilombolas e indígenas presentes no território de Paraty.
O presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou que a gestão do patrimônio cultural precisa ser abordada de forma mais abrangente, considerando não apenas a preservação edificada, mas também o fomento do patrimônio imaterial, como estratégia para a ocupação e desenvolvimento sustentável dos centros históricos. Paraty é o primeiro Sítio Misto (natural e cultural) do Brasil, o que traz desafios adicionais para sua gestão, tornando o encontro uma oportunidade de partilha de experiências e soluções para as cidades históricas.
Em paralelo ao evento, a Unesco organizou uma mostra de filmes sobre patrimônio imaterial, com exibições no Cinema da Praça, no centro histórico de Paraty. Além disso, serão realizadas rodas de conversa, debates e palestras para promover a interação da cidade com os detentores e praticantes das tradições culturais locais.
O Iphan aproveitará a ocasião para formalizar um acordo de cooperação técnica com a OCBPM para implementar Centros de Interpretação do Patrimônio Mundial. Esses espaços permitirão à comunidade interagir com os bens culturais e compreender sua memória e história. Além disso, serão realizadas sinalizações nos sítios patrimoniais, proporcionando uma maior interação do público com esse patrimônio histórico e cultural.
O encontro de cidades históricas e patrimônio mundial é uma oportunidade única para estabelecer diálogos vitais sobre a preservação do patrimônio e o desenvolvimento sustentável das cidades reconhecidas pela Unesco. O evento reúne especialistas em patrimônio, cultura, turismo, políticas públicas e governança, visando a construção conjunta de instrumentos de gestão para as cidades históricas brasileiras.
Com informações da Agência Brasil
