Cúpula do Amazonas busca impulsionar políticas para o desenvolvimento sustentável da região

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Diálogos Amazônicos antecedem encontro de chefes de Estado dos Países Amazônicos e discutem reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a Amazônia

 

 

A Cúpula do Amazonas, um dos encontros mais importantes de chefes de Estado dos chamados Países Amazônicos, está prestes a acontecer em Belém, entre os dias 8 e 9 de agosto. Com o objetivo de definir políticas e estratégias para o desenvolvimento sustentável da região, o evento surge em um contexto de crescente preocupação com a preservação da Amazônia.

Antecipando a Cúpula, o Diálogos Amazônicos ocorrerá entre 4 e 6 de agosto, reunindo representantes de entidades, movimentos sociais, academia, centros de pesquisa e agências governamentais dos países amazônicos. O objetivo do encontro prévio é formular sugestões visando à reconstrução de políticas públicas sustentáveis para a região.

A preparação e organização do encontro foram realizadas pela Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), formada por Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A OTCA busca apresentar uma voz inclusiva amazônica para ser ouvida por todos os países.

O diretor Executivo da OTCA, Carlos Alfredo Lazary, enfatiza que o resultado da Cúpula fortalecerá a dimensão regional, podendo influenciar outros eventos globais, como a COP28 e as reuniões do G20. Lazary ressalta que os países amazônicos estão cientes da necessidade de trabalhar conjuntamente na apresentação de propostas que atraiam investimentos para a região.

O Aquífero do Amazonas, por exemplo, é um tema de grande interesse para pesquisas, uma vez que detém uma quantidade de água significativamente maior que os rios de superfície da região. Apesar disso, a falta de água potável continua sendo um dos principais problemas enfrentados pelas populações locais.

Dentre as propostas dos Diálogos Amazônicos, a OTCA apresentará a criação de dois fóruns: um composto por diretores de água e outro por diretores de serviços florestais. A ideia é compartilhar conhecimentos e tecnologias desenvolvidos por instituições de pesquisa dos países amazônicos para desenvolver projetos que atraiam investimentos e recursos não reembolsáveis.

Os temas dos projetos incluem o monitoramento do comércio de plantas e animais sob risco de extinção, capacitação para operação de sequenciadores genômicos para responder a pandemias e o monitoramento em tempo real das bacias hídricas, cobertura florestal e incêndios na Amazônia.

O diretor da OTCA também enxerga grandes oportunidades econômicas sustentáveis para a região, como a exportação de produtos como cupuaçu, guaraná, açaí e castanha, além do turismo comunitário. A expectativa é que o diálogo inclusivo nos encontros resulte em fortalecimento e em programas que despertem interesse internacional, melhorando as condições de vida das populações locais.

Com a união de esforços dos países amazônicos, o cenário é de otimismo para a proteção e preservação da Amazônia, buscando o desenvolvimento sustentável da região e garantindo um futuro mais promissor para a maior floresta tropical do mundo.