
Em reportagem no Portal Tudo Ok Notícias, o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, sonha com o terceiro mandato, mas torna-se um pesadelo, pois uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) foi movida pelo partido Democracia Cristã (DC), que é contra o terceiro mandato consecutivo de Policarpo.
Antes do recesso parlamentar, a Casa ecoou rumores da tentativa frustrada sonhada por Policarpo de permanecer na cobiçada cadeira da Câmara Municipal de Goiânia, sendo essa possibilidade totalmente dependente da decisão do TJ-GO.
Nos bastidores, comenta-se que o Diretor Administrativo, Wellington Peixoto (irmão do presidente da Alego e deputado Bruno Peixoto), carrega consigo uma lista dos 12 membros da corte que possuem apadrinhados indicados em cargos na Câmara de Vereadores de Goiás e na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) – totalizando 25 membros, mas apenas 12 deles fizeram indicações para as Casas. Essa suposta lista seria a carta na manga do atual presidente, Romário. Segundo vereadores, os nomes presentes nessa lista foram indicados por membros da mais alta corte da Justiça do Estado. Aos quatro cantos do plenário, Policarpo se gaba de contar com um exército trabalhando em prol de sua candidatura, visando conquistar sua terceira nomeação, apesar do imbróglio jurídico.
A caneta legalista da desembargadora e relatora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, no processo que corre no Tribunal de Justiça de Goiás, chancela o cumprimento da lei, é o que mostra o placar de 4 x 0 contra Policarpo. Com a derrocada até o momento, a desembargadora Beatriz Figueiredo Franco pediu vistas a fim de protelar e ganhar tempo na decisão do colegiado, com a expectativa do presidente Policarpo trabalhar nos bastidores para investir na provável derrota acachapante.
Em contato com o escudeiro vereador Wilson Pereira da Silva Cunha, aliado de Policarpo, declarou não acreditar em uma nova eleição e afirmou desconhecer a tal lista. Segundo ele, Policarpo permanecerá na presidência da Casa até 2024.
Entrevistada recentemente, a vereadora Aava Santiago (PSDB) manifestou estranheza em relação à rápida aprovação de um projeto que autoriza a doação de uma área municipal para o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Esse projeto foi votado em meio a uma sessão que analisou outros dez projetos, o que levantou questionamentos.
Perguntado, o escudeiro vereador Wilson declarou que o projeto estava em tramitação na Casa há algum tempo e que a ação do TJGO foi motivada pela necessidade de criar uma estrutura maior para o órgão, devido ao seu crescimento. Ele esclareceu que esse fato não está relacionado ao processo de Policarpo. Esquivou o vereador.
A equipe do portal tentou entrar em contato com a assessoria e o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno das ligações.
A decisão do TJGO será aguardada com grande expectativa para definir o rumo político do vereador na capital de Goiás. Quando os políticos fazem alianças com o poder judiciário, só quem perde é a sociedade.