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Dívida Pública Federal sobe em junho devido ao baixo volume de vencimento de títulos

Real,dinheiro, moeda © Marcello Casal JrAgência Brasil

 

O Tesouro Nacional divulgou nesta sexta-feira (21) que a Dívida Pública Federal (DPF) registrou um aumento de 2,95% em junho, atingindo o valor de R$ 6,191 trilhões. Esse crescimento foi impulsionado pelo baixo volume de vencimento de títulos no período, o que levou a uma emissão líquida maior. Em maio, a DPF já havia superado a marca de R$ 6 trilhões pela primeira vez.

A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi), que abrange os títulos emitidos no mercado nacional, registrou um crescimento de 3,3%, passando de R$ 5,767 trilhões em maio para R$ 5,957 trilhões em junho. Esse aumento foi resultado de uma emissão de R$ 145,326 bilhões a mais do que o valor resgatado em títulos, principalmente em papéis prefixados. Além disso, houve uma apropriação de R$ 44,93 bilhões em juros, que são corrigidos mensalmente e acrescentados ao estoque da dívida pública.

O Tesouro Nacional prevê que a DPF continuará subindo nos próximos meses e, de acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o estoque da dívida deverá encerrar 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve uma queda de 1,8%, passando de R$ 246,78 bilhões em maio para R$ 234,04 bilhões em junho. Essa redução se deveu à forte queda do dólar no mês passado, que impactou positivamente o endividamento do governo nessa modalidade.

O colchão da dívida pública, que é a reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de grande concentração de vencimentos, também caiu em junho, passando de R$ 1,053 trilhão em maio para R$ 983 bilhões. Isso aconteceu devido à alta emissão líquida motivada pelo baixo volume de vencimentos no mês.

Com relação à composição da DPF, houve uma mudança significativa no perfil dos títulos. Os papéis corrigidos pelos juros básicos da economia (Taxa Selic) tiveram uma leve redução, passando de 39,74% em maio para 39,52% em junho. Já os títulos prefixados tiveram uma participação maior, aumentando de 26,17% para 27,04%. Os títulos vinculados à inflação também tiveram uma pequena queda, passando de 29,76% para 29,46%. O peso do câmbio na dívida pública caiu de 4,33% para 3,99%.

As instituições financeiras continuam sendo as principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 29,2% de participação no estoque. Em seguida, aparecem os fundos de investimento, com 24,3%, e os fundos de pensão, com 22,7%. A participação dos estrangeiros (não residentes) teve uma leve queda, passando de 9,6% em maio para 9,5% em junho.

A Dívida Pública Federal é um mecanismo pelo qual o governo brasileiro capta recursos dos investidores para cumprir seus compromissos financeiros. Em troca, ele se compromete a devolver os recursos após alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a Taxa Selic, a inflação, o dólar ou ser fixada previamente.

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