INCA recomenda evitar o consumo de adoçantes artificiais devido a possíveis riscos de câncer

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O Instituto Nacional de Câncer (INCA) emitiu uma recomendação de evitar completamente o consumo de adoçantes artificiais. Essa orientação surge após a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciar que o aspartame é “possivelmente cancerígeno”, mas seguro quando consumido dentro dos limites aceitáveis.

A nutricionista Luciana Grucci Maya Moreira, chefe da área técnica de alimentação, nutrição, atividade física e câncer do INCA, vê a comunicação com a população sobre o assunto como um grande desafio. Em uma entrevista à CNN Rádio, no Correspondente Médico, ela destacou a necessidade de traduzir a evidência científica em informações compreensíveis.

Um estudo abrangente indicou que o aspartame é um possível carcinógeno, e o INCA está preocupado não apenas com seu potencial cancerígeno, mas também com sua relação com a obesidade, um dos principais fatores de risco para o câncer.

Luciana enfatiza a importância de buscar uma alimentação saudável, com foco em alimentos naturais, minimamente processados e de origem vegetal. Além disso, é crucial manter um peso corporal saudável e evitar alimentos ultraprocessados.

Ela ressalta que uma dieta saudável naturalmente exclui o consumo de adoçantes artificiais. A nutricionista alerta que é melhor evitar tanto o adoçante quanto o açúcar, mas, caso seja necessário adoçar, é preferível utilizar uma pequena quantidade de açúcar do que recorrer aos adoçantes artificiais, desde que a pessoa mantenha um padrão alimentar saudável.

Luciana também lembra que os casos de câncer raramente são causados por um único fator e que a prevenção envolve uma combinação de diversos elementos, como a prática regular de atividade física e o consumo de frutas, legumes e verduras.

Segundo ela, o desafio é informar a população com base nas evidências científicas disponíveis e traduzir o conhecimento para recomendações efetivas de prevenção do câncer.