Taxa de desocupação cai para 8,3% no trimestre encerrado em maio, revela IBGE

 

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil atingiu 8,3% no trimestre encerrado em maio, apresentando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse é o menor índice registrado para o período desde 2015, quando também alcançou 8,3%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, a taxa de desocupação teve uma redução de 1,5 ponto percentual.

Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílio, o recuo no trimestre foi impulsionado principalmente pela diminuição do número de pessoas em busca de emprego, e não por um aumento significativo no número de trabalhadores. Essa menor pressão no mercado de trabalho contribuiu para a redução da taxa de desocupação.

A população desocupada no país ficou em 8,9 milhões de pessoas, representando uma queda de 3% em relação ao trimestre anterior e uma diminuição de 15,9% em comparação com o mesmo período de 2022. Já o número de pessoas ocupadas se manteve estável em 98,4 milhões na comparação trimestral e apresentou um crescimento de 0,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Embora não tenha havido uma expansão significativa no número total de pessoas ocupadas no trimestre, algumas atividades econômicas tiveram variações pontuais. Houve uma queda de 1,9% (158 mil pessoas a menos) no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, enquanto houve um crescimento de 2,5% (429 mil pessoas a mais) na administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Esse crescimento foi impulsionado pelo segmento de educação e pela inclusão de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada.

Em termos anuais, o setor de transporte, armazenagem e correio teve um aumento de 4,2% (216 mil pessoas a mais), o setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas registrou um crescimento de 3,8% (440 mil pessoas a mais), e o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais teve uma alta de 4,5% (764 mil pessoas a mais). Por outro lado, houve reduções de 6,2% (542 mil pessoas a menos) no setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, e de 3,7% (274 mil pessoas a menos) no setor da construção.