A Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) divulgou hoje (26) os dados estatísticos de criminalidade referentes ao mês de maio. Os números mostram uma queda no número de homicídios dolosos e latrocínios, bem como nos casos de roubo, porém, houve um aumento nos registros de estupro e furtos.
Em relação aos homicídios dolosos, foram contabilizados 195 casos no último mês, uma redução de 14,5% em comparação com maio de 2022, quando foram registrados 228 casos. Segundo a SSP-SP, trata-se do menor número de homicídios registrados para um mês de maio nos últimos 23 anos. No acumulado dos cinco meses do ano, também foi observada uma queda, com 1.136 homicídios em 2023 e 1.168 em 2022, representando uma redução de 2,7%.
No caso dos latrocínios, que são os roubos seguidos de morte, houve uma diminuição de 13 para 12 registros em comparação com maio do ano passado. Quanto aos roubos em geral, o número passou de 19.749 registros em maio de 2022 para 19.254 em 2023, representando uma redução de 2,5%.
Por outro lado, os casos de estupro continuam em alta no estado de São Paulo. Houve um aumento de 18,5% em maio deste ano, com 1.299 casos registrados. A Secretaria aponta que uma das razões para esse aumento foi uma modificação na lei, que tornou a ação penal pública incondicionada. Anteriormente, a polícia só podia agir com autorização das vítimas maiores de idade. A SSP-SP ressalta que o crime de estupro é subnotificado e que o número de casos registrados pode ser até quatro vezes maior do que o divulgado. A divulgação de informações sobre como denunciar e os direitos das vítimas tem contribuído para um aumento nos registros.
Em relação aos furtos, também foi observado um aumento, com 50.171 casos registrados em maio, representando um aumento de 1,7%.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo anunciou recentemente a criação de um grupo de trabalho para revisar as estatísticas criminais de 2022. A iniciativa visa disponibilizar os casos por meio de mapas e boletins de ocorrência, aumentando a transparência e permitindo que a população faça uma auditoria dos dados divulgados.
Ainda segundo a SSP-SP, o período de dois anos de pandemia e o fechamento das escolas podem ter influenciado os dados, já que as instituições de ensino desempenham um papel importante na detecção desses crimes.
