Tromboembolismo venoso: uma condição de risco que requer atenção

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O tromboembolismo venoso é uma condição séria caracterizada pela presença de um coágulo sanguíneo no sistema circulatório. Essa condição pode se manifestar como trombose venosa profunda (TVP), afetando veias profundas dos membros inferiores, ou como tromboembolismo pulmonar (TEP), que é uma das principais causas de morte cardiovascular. O problema ocorre quando o coágulo se desloca e obstrui as artérias dos pulmões, prejudicando a oxigenação do sangue. O agravamento da condição está associado à sobrecarga do coração, podendo levar a um infarto e até mesmo ao óbito.

A falta de mobilidade é um fator relacionado ao desenvolvimento dessa doença, como ficar longos períodos sentado ou em pé, além de situações comuns no ambiente de trabalho. A médica pneumologista Elnara Negri, do Hospital Sírio-Libanês, destaca que as causas podem ser genéticas, relacionadas ao uso de medicamentos, como anticoncepcionais, e ao tabagismo. Viagens longas, especialmente de avião, que envolvem imobilização por muito tempo, também podem aumentar as chances de desenvolver a condição. Outros fatores de risco incluem períodos pós-operatórios, obesidade, insuficiência cardíaca e renal, doenças autoimunes, câncer, trauma, cateter venoso central, varizes nos membros inferiores e doenças infecciosas graves, como infecções virais e bacterianas.

Embora seja mais comum em pessoas mais velhas, o tromboembolismo venoso também pode afetar os jovens devido a hábitos prejudiciais, como tabagismo, incluindo o uso de cigarros eletrônicos, e sedentarismo. Mulheres, tanto jovens como mais velhas, que utilizam anticoncepcionais, fazem reposição hormonal, estão grávidas ou no puerpério têm maior chance de desenvolver a condição em comparação aos homens.

Os sintomas mais comuns do tromboembolismo venoso incluem dor, inchaço, calor, vermelhidão e endurecimento do membro afetado. No caso de embolia pulmonar, os sintomas podem ser tosse, dor no peito, escarro com sangue, palpitações, desmaios e, em casos mais graves, parada cardiorrespiratória.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Fabio Rossi, ressalta a importância de investigar imediatamente os casos suspeitos e, se confirmados, iniciar imediatamente o tratamento com anticoagulantes. Segundo o médico, sem um diagnóstico e tratamento adequados e imediatos, a condição pode levar a complicações graves, sendo que a parada cardíaca e o óbito são os casos mais críticos, ocorrendo em 19,6% dos casos de embolia pulmonar maciça.