O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciaram hoje descontos para a compra de carros, ônibus e caminhões nos próximos quatro meses.
No caso dos carros, os descontos serão baseados em três critérios: social (preço mais baixo), ambiental (carros menos poluentes) e densidade industrial (modelos predominantes na indústria brasileira). Vinte marcas foram incluídas no programa, com descontos variando de R$ 2 mil a R$ 8 mil, correspondendo a uma redução mínima de 1,6% e máxima de 11,6%.
Para ônibus e caminhões, o desconto varia de acordo com o tamanho do veículo e será aplicado na renovação da frota com mais de 20 anos. Micro-ônibus e pequenos caminhões terão desconto de R$ 36,6 mil, enquanto ônibus de tamanho normal e grandes caminhões terão redução de R$ 99,4 mil. O nível de poluição do veículo também será considerado.
Para obter o desconto em caminhões e ônibus, o motorista deve se desfazer de um veículo com mais de 20 anos e enviá-lo para reciclagem, apresentando um documento que comprove a destinação do veículo antigo.
Os descontos são temporários e durarão até que as taxas de juros caiam. O programa será custeado por meio de créditos tributários, nos quais o governo concede descontos aos fabricantes no pagamento de tributos futuros, e a indústria automotiva se compromete a repassar a diferença ao consumidor.
Para compensar a perda de arrecadação, o governo planeja reonerar parcialmente o diesel, revertendo parte da desoneração que vigoraria até o final do ano. A reoneração parcial está prevista para setembro, ajudando a diminuir as pressões sobre a inflação em 2024.
Os descontos anunciados visam impulsionar o setor automotivo e incentivar a renovação da frota de veículos, considerando critérios sociais e ambientais, além de fortalecer a indústria brasileira.
