
Três nomes foram apresentados pela ANPR como opções para o cargo, mas não há garantia de que o presidente Lula seguirá a lista
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) anunciou o envio de uma lista tríplice ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contendo três nomes sugeridos para ocupar o cargo de procurador-geral da República. No entanto, não há indicações de que Lula irá seguir as sugestões, diferentemente do que aconteceu em seus dois governos anteriores. O atual procurador, Augusto Aras, terá seu mandato encerrado em setembro.
Conforme estabelecido pela Constituição, o presidente da República não é obrigado a escolher um nome da lista da associação, podendo indicar qualquer subprocurador em atividade para a posição de procurador-geral.
Apenas três candidatos apresentaram suas candidaturas dentro do prazo estipulado, que encerrou às 18h: Mário Bonsaglia e Luiza Frischeisen, que já figuraram em listas anteriores, e José Adonis Callou, ex-coordenador da Operação Lava Jato na PGR. A eleição entre os membros do Ministério Público está prevista para o dia 21 de junho.
A lista tríplice, instituída em 2001, é considerada pelos procuradores como um importante instrumento de autonomia da carreira. Durante os governos de Lula e Dilma, entre 2003 e 2017, o procurador-geral da República nomeado foi o mais votado na lista tríplice. No entanto, em 2017, o ex-presidente Michel Temer escolheu a segunda colocada na votação, Raquel Dodge, como procuradora-geral. Em 2019, Jair Bolsonaro também não seguiu a lista e indicou Augusto Aras, que posteriormente foi reconduzido ao cargo.
Após a indicação pelo presidente, o procurador-geral é sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e precisa ter seu nome aprovado pelo plenário da Casa. A posse é então marcada pela PGR.