Conheça os Sintomas, Prevenção e Tratamento da Pressão Alta na Faixa Etária Jovem
A hipertensão, uma doença silenciosa, tem se tornado cada vez mais comum entre os mais jovens, incluindo crianças e adolescentes. Embora geralmente associada ao envelhecimento, a pressão alta pode afetar pessoas de todas as idades, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que a prevalência de hipertensão na população pediátrica varie de 3% a 15%, segundo o Ministério da Saúde. O diagnóstico inicial pode ser feito pelo pediatra através da simples medição da pressão arterial durante consultas de rotina.
Neste Dia Mundial da Hipertensão, especialistas destacam que obesidade, histórico familiar, estresse e envelhecimento estão associados ao desenvolvimento desse problema de saúde.
Nesse contexto, a prevenção envolve a adoção de hábitos saudáveis de alimentação e exercícios físicos. Reduzir o consumo de sal nos alimentos, incluir diariamente frutas, legumes e hortaliças na dieta e evitar alimentos ultraprocessados, como embutidos, pode ajudar na prevenção.
O médico Carlos Cesar Assef, do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), destaca que crianças podem nascer com hipertensão.
“Normalmente, isso está relacionado a malformações congênitas renais ou cardíacas. Bebês com peso muito baixo ao nascer, prematuros ou que ficaram internados por longos períodos em UTIs neonatais, têm maior risco de desenvolver hipertensão arterial sistêmica na infância devido ao uso de cateteres de veia umbilical, ventilação mecânica e oxigenioterapia”, detalha Assef em comunicado.
De acordo com o especialista, a pressão alta tende a ser assintomática em crianças e adolescentes. Quando estão presentes, os sintomas podem ser inespecíficos, como dor de cabeça, irritabilidade e alterações do sono.
“Alterações nefro-urológicas, como hematúria (urina com coloração avermelhada) e edema (inchaço), ou alterações cardíacas, como dor torácica, falta de ar ou palpitações, também devem chamar a atenção dos pais”, orienta.
Crianças com três anos de idade ou mais devem ter sua pressão arterial medida durante as consultas pediátricas de rotina. Abaixo dos três anos de idade, a medição deve ser feita apenas se as crianças apresentarem história de prematuridade, baixo peso ao nascer, internação prolongada em unidade de terapia intensiva neonatal, anemia falciforme, malformações renais, cardíacas ou neurológicas, câncer, transplantes ou uso prolongado de corticosteroides.
“A partir dos seis anos de idade, fatores como obesidade, nutrição e histórico familiar de hipertensão se tornam relevantes e têm expressão estatística no indivíduo”.