Comitê Paralímpico Internacional pretende quebrar recorde de público na Paralimpíada de Paris em 2024

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O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) espera estabelecer um novo recorde de público na Paralimpíada de Paris em 2024. O presidente da entidade, Andrew Parsons, disse em entrevista à Agência Brasil que a meta é colocar 2,8 milhões de ingressos à venda a partir de outubro. O objetivo é superar a edição de Londres em 2012, que teve 2,7 milhões de ingressos comercializados. A expectativa é de um legado de mudança de atitude em relação à pessoa com deficiência e investimento em acessibilidade. O público da Paralimpíada costuma ser doméstico, de famílias, e a política de preços é ajustada para ser mais barata do que na Olimpíada.

A questão da participação dos atletas de Rússia e Belarus na Paralimpíada de Paris em 2024 ainda está indefinida. Os países estão suspensos desde novembro do ano passado por causa da invasão russa à Ucrânia, com apoio bielorrusso. A decisão será reavaliada na assembleia geral da entidade em setembro, mas Andrew Parsons não crê que a decisão final, seja qual for, causará algum tipo de boicote aos Jogos de 2024. Ele explicou que o IPC é uma entidade autônoma e que toma decisões às vezes alinhadas, às vezes não, com o Comitê Olímpico Internacional (COI), que é o maior parceiro.

No último Campeonato Mundial feminino de boxe, 11 países boicotaram a competição porque não concordaram com a presença de russos e bielorrussos, ainda mais por estes não precisarem competir como neutros, como ocorre no tênis, por exemplo. O presidente do IPC destacou que a decisão será colegiada, de todos os comitês do mundo, e que qualquer decisão que for tomada será respeitada pelos comitês paralímpicos nacionais. Andrew Parsons lembrou que, nos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, o IPC tomou uma decisão diferente do COI quanto ao doping da Rússia, com os russos sendo liberados para competir na Olimpíada, mas não na Paralimpíada.