Comissão pode virar ferramenta para o governo enfraquecer a oposição
Até pela inatividade do Conselho de Ética do Senado, o Planalto pouco ligava para a comissão, que geralmente não leva nada adiante. A chance de limar Marcos do Val (Pode-ES), mudou a visão do governo, que agora vê a oportunidade de ter o colegiado como ferramenta para enfraquecer a oposição. Na distribuição das comissões, o conselho deve parar nas mãos do União Brasil, mas a instalação fica para depois do Carnaval.
O União Brasil vai indicar ex-bolsonaristas para o conselho: Jayme Campos (MT) e Davi Alcolumbre (AP). Agora, lulistas de carteirinha.
Otto Alencar (PSD-BA), que iniciou a fritura de Do Val, também é cotado. No PT, o indicado deve ser Humberto Costa (PE).
Apesar do frenesi para cassar Do Val, o governo ainda não definiu quem vai apresentar o pedido. Na oposição, ninguém quer assumir a defesa.
No Planalto já se fala em “releitura da CPI da Covid”. Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a midiática comissão, também deve estar no Conselho de Ética, com o ‘gerente’ do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).