
A campanha do candidato ao governo do Distrito Federal, Leandro Grass, do PV, tem sido um festival de leviandades, piadas dignas da quinta série e paródias malfeitas de peças publicitárias que originalmente foram consideradas criativas.
Chama atenção o fato de colocarem, na propaganda eleitoral, o candidato em papeis caricatos. Em uma delas, Grass é o juiz que chama o VAR. Em outra, é o matuto lendo jornal na beira da estrada, em paródia ao comercial conhecido do Posto Ipiranga. Em um comercial apócrifo, ou seja, sem assinatura do candidato, mais uma paródia de um comercial premiado e famoso da Folha de São Paulo, dos anos 80, tenta emplacar um nariz de Pinóquio na foto do governador. Até quando tenta ser simpático, em um comercial falando de eventuais benefícios para animais de estimação, um cachorro afirma votar no candidato. Falta saber se ele tem título de eleitor.
Vale lembrar que a campanha tem custos para os cofres públicos, inclusive em relação à utilização do fundo eleitoral. A atitude leviana faz mal para o eleitor e faz mal para a publicidade do DF, um mercado que produz comerciais de TV de qualidade e muitas vezes premiados em festivais nacionais e internacionais.
Vivemos em tempos em que, inclusive por conta das redes sociais, o bom-humor é algo corriqueiro e algumas vezes bem-vindo. Tiririca se elegeu para a Câmara dos Deputados em seu papel de palhaço. Mais difícil pensar em um papel desses para quem pretende governar e decidir com seriedade os rumos da vida de mais de três milhões de pessoas, como no Distrito Federal. Fala sério, Leandro Grass.