Secretaria participa de debate no Senado sobre segurança nas escolas

 

Proposta teve objetivo de pontuar ideias para minimizar os conflitos nas unidades escolares do país

 

 

A Secretaria de Educação do Distrito Federal, representada pelo coordenador da Comissão do Plano de Urgência, Tony Marcelo, participou de audiência pública, no Senado Federal, para discutir o tema “Como Enfrentar os Problemas da Violência nas Escolas Agravados pela da Pandemia”. O debate aconteceu de forma online na Comissão de Educação, Cultura e Esporte.

O autor da proposta para realização da audiência, senador Confúcio Moura (MDB-TO), observou que. com a pandemia, o problema da violência nas escolas se agravou e, por isso, viu a necessidade de colocar em pauta este assunto. “Se a alta dose de informações negativas, a insegurança e o medo têm sido fatores de desgaste a atrapalhar a nossa saúde mental, não seria esperado que as crianças e adolescentes estivessem alheios aos mesmos estímulos. A pandemia afetou o desenvolvimento das nossas crianças, adolescentes e jovens por tantos meses em casa, sem contato com a escola, com os colegas e família extensa”, pontuou.

O coordenador do Plano de Urgência pela Paz nas Escolas, Tony Marcelo, pontuou o trabalho que a SEEDF tem realizado.

Igor Pipolo, especialista em segurança nas escolas, explicou, durante a audiência, que é preciso voltar os olhares para diversos fatores que contribuem para este aumento nos índices de violência nas unidades de ensino. “Existem outros fatores que podem estar relacionados com este momento que estamos vivendo. Por isso, é necessário que as escolas contem com um suporte de infraestrutura, para que estejam acolhidas e amparadas. Desta forma, acreditamos que violência seja minimizada”.

Paz nas escolas

A Secretaria de Educação, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública, lançaram em abril deste ano, o Plano de Urgência pela Paz nas Unidades Escolares do Distrito Federal. O objetivo da iniciativa é coibir a onda de violência nas unidades de ensino da rede pública do DF. De imediato, o pacote de iniciativas será levado a 126 escolas nas quais foi detectado o maior número de casos de brigas e agressões entre os alunos. Além das secretarias de Educação, que coordena a comissão, e da Segurança Pública, o grupo é composto pelas pastas da Saúde, Esportes, Juventude e Justiça.

A questão da violência abrange uma análise sobre um todo. E a fragilidade no campo emocional dos alunos, principalmente, passou a ser o foco de observação maior. A violência escolar precisa ser escutada, principalmente, pelo que nosso aluno tem a dizer”, explicou Tony Marcelo, ao lembrar o momento que as escolas têm enfrentado.

Para o coordenador do plano, neste momento de insegurança, práticas de comunicação não violentas, como a mediação de conflitos, são fundamentais. “Mudanças culturais no seio educativo, precisam ser debatidas nas escolas”, completou.