Presidente do Barcelona afirma que astro argentino já tinha proposta do PSG na reta final de negociação de renovação e volta a assegurar voto de confiança em Ronald Koeman
Responsável pelas últimas tentativas do Barcelona de renovar o contrato de Messi, sem sucesso, o presidente Joan Laporta afirmou que chegou a ter a esperança de que o argentino dissesse que “jogaria de graça” para permanecer no clube. Em longa entrevista à rádio “RAC1”, o mandatário, que sempre teve boa relação com o camisa 10, destacou que chegou ao limite nas negociações.
Temos uma relação muito boa, eu sabia que quando tivéssemos recuperado a economia iria compensá-lo, mas exigir isso pensando no que ele tem em Paris… – disse.
Messi chegou a abrir mão de metade de seu salário para tentar renovar o contrato com o Barcelona, que chegou ao fim no meio do ano. Apesar de ter desejado deixar o clube de forma litigiosa um ano antes, ainda na gestão de Josep Maria Bartomeu, o craque voltou atrás e gostaria de permanecer no Camp Nou. Porém, diante da situação econômica delicada do Barça e das regras salariais de La Liga, a renovação ficou inviável.
Laporta, porém, destacou que as questões relativas ao pagamento de um astro como Messi não foram as únicas que pesaram na hora da definição do futuro do camisa 10. O presidente indicou que, quando o Barça encerrou as negociações e anunciou o adeus do argentino, ele já tinha em mãos uma proposta do PSG. Mas garantiu que não tem nenhum tipo de mágoa.
– Não, eu o amo demais para ficar com raiva. Mas chega um momento em que, quando você vê que não pode acontecer, há decepção de ambos os lados. Havia desejo de ficar, mas também pressão com a oferta que ele tinha. Ele sabia que se não ficasse, iria para o PSG. Messi ficará para a história do Barça como o melhor jogador da história e gostaria de preservar esta ideia. Tudo indica que teve a oferta do PSG antes de sair do Barça. Sabíamos, durante a negociação, que ele tinha uma oferta muito poderosa.
“Disseram que Neymar queria vir”
O presidente do Barcelona também confirmou que chegou a tentar a contratação de Neymar ainda no começo da janela de transferências de verão. Ele afirma que foi avisado que o brasileiro queria deixar o PSG e tentou a negociação, antes de ter conhecimento total da situação econômica do clube, que precisou baixar o salário de seus principais jogadores para poder mantê-los.
– Não tivemos a devida ideia, e conforme o diretor nos explicou os números, achamos que havia uma margem. Eles (staff de Neymar) também nos disseram que ele queria vir, mas cedeu à proposta do PSG. Disseram que não iria continuar, mas o convenceram. Ele não me decepcionou. Esta é a lei do futebol e quem fizer a melhor oferta leva. O resultado de não contratá-lo foi bom, não teria resolvido – relembrou.
Laporta também fez questão de reiterar a permanência do técnico Ronald Koeman no comando da equipe, apesar de a imprensa espanhola ter indicado que o holandês seria demitido após o clássico contra o Atlético de Madrid. O presidente, porém, vem bancando o treinador publicamente antes mesmo da derrota antes da Data Fifa – e voltou a dizer que precisa confiar no comandante da equipe.
Perguntei se ele confia na equipe e ele disse “Claro”, com contundência, que estava confiante, mas precisava de recuperar os lesionados. Esperamos que contra o Valencia, Dínamo ou Real Madrid Dembélé possa jogar. Vamos ver a volta de Kun (Aguero), que contratamos para marcar. Houve a lesão de Ansu Fati… Era justo dar a ele essa margem de confiança. Estou muito satisfeito por ter tomado esta decisão – afirmou o mandatário.(Ge)