Angelo Caloia, de 81 anos, presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR, nome oficial do banco) durante vinte anos, até 2009, foi condenado junto ao advogado Gabriele Liuzzo, de 97 anos, a oito anos e onze meses de prisão por desvio de dinheiro
A Justiça do Vaticano condenou, nesta quinta-feira (21), o ex-presidente do Banco do Vaticano a quase nove anos de prisão por enriquecimento ilícito com a venda fraudulenta de imóveis da Santa Sé, informaram fontes judiciais.
Angelo Caloia, de 81 anos, presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR, nome oficial do banco) durante vinte anos, até 2009, foi condenado junto com o advogado Gabriele Liuzzo, de 97 anos, a oito anos e onze meses de prisão por desvio de dinheiro, ao se apropriar ilicitamente de dezenas de milhões de euros após a venda de cerca de vinte propriedades em Roma e Milão.
O filho do advogado, Lamberto Liuzzo, foi condenado a 5 anos e dois meses de prisão, além do pagamento de uma alta indenização.
Segundo os investigadores, os três condenados desviaram mais de 50 milhões de euros (60 milhões de dólares) do banco vaticano durante a venda de dezenas de imóveis, realizada praticamente sem publicidade ou controle algum entre 2001 e 2008.
O caso foi descoberto em 2014, quando as contas bancárias de dois executivos do banco e do advogado foram confiscadas.(CB)