Enquanto a vacina para Covid-19 não chega, o Ministério da Saúde vai realizar um “Dia D” de enfrentamento em 3 de outubro, abrindo Unidades Básicas de Saúde (UBS) para passar orientações sobre o “tratamento precoce” e medicar pacientes.
Até esta data, a pasta planeja série de ações, entre elas levantar estoques e turbinar a distribuição de medicamentos do chamado kit covid-19 no País, que reúne cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina e ivermectina. Não há eficácia científica comprovada sobre o uso dessas drogas contra a doença.
Mas o kit Covid-19 não é novidade. No sábado (4), do mês de junho, no drive-thru realizado no estacionamento do Palácio Rio Madeira, em Porto Velho. Maurino Ferreira, chegou cedo ao evento e relatou que já sentiu o mal-estar da doença, mas que se sentia bem no momento do teste rápido. Os sintomas gripais foram há cerca de uma semana, mesmo assim, Maurino saiu medicado da testagem rápida. Após atendimento médico, levou para casa cloroquina, azitromicina e dipirona, seguindo as diretrizes da Nota Técnica nº 9, do Ministério da Saúde.
A entrega dos medicamentos para o início imediato do tratamento de combate ao coronavírus foi defendida pelo governador coronel Marcos Rocha, durante a abertura do evento, que faz parte da ação Mapeia Rondônia e é o quinto desta magnitude realizado em Rondônia, o segundo em Porto Velho.
Live para divulgar
Para bombar o evento, o Ministério espera que o presidente Jair Bolsonaro trate do tema durante sua live semanal nas redes sociais, no próximo dia 1º. Na sexta-feira, dia 2, véspera do “Dia D”, o presidente ainda faria um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para divulgar o evento.
O planejamento do “Dia D” foi apresentado em reuniões internas durante a semana, segundo Estadão apurou com fontes do governo.
Participa da organização o empresário Carlos Wizard, fundador da rede Wizard de escolas de inglês. Ele chegou a ser cotado ao cargo de secretário do Ministério da Saúde, mas recebeu veto de Bolsonaro.
Ministério da Saúde e gestores de Estados e municípios concordam que o diagnóstico e tratamento célere podem reduzir chances de que o quadro da Covid-19 se agrave.
Mas o governo Bolsonaro defende que a base do tratamento seja o uso do chamado kit covid, opinião distinta a de diversos secretários locais, que se utilizam de informações científicas para a tomada de decisão.